Já escrevi alguns posts sobre a Ucrânia no cinema, mas ainda não tinha falado sobre esse clássico do cinema mundial. Esse filme entrou na minha vida quando eu tinha uns 15 ou 16 anos de idade e não sabia nem apontar a Ucrânia no mapa. Meu pai pegou esse filme na locadora pra mim (e nem era DVD, era VHS mesmo) porque eu estava numa fase meio apaixonada pelos filmes do Charles Chaplin. Clássico, mudo e preto e branco? Check. Agora advinha se eu tive paciência para assistir? Lógico que não. O filme nem é longo nem nada, mas me faltava maturidade mesmo. Afinal, ele está bem longe de ser engraçadinho como os filmes do Chaplin.
Corta para 20 anos depois e eu mais madura, morando na Ucrânia e com viagem marcada para Odessa, cidade onde se passa a história. Momento perfeito para dar uma segunda chance para a película, ainda mais agora que o You Tube está aí para facilitar a vida da gente. E agora sim, tudo fez sentido e eu entendi o grande motivo desse filme ser um clássico do cinema mundial. A famosa sequência da escadaria é realmente FAN-TÁS-TI-CA. Especialmente quando você lembra que esse filme foi lançado em 1925. O diretor Sergei Eisenstein conseguiu transmitir a sensação de desespero de forma fenomenal. E agora todas as cenas clássicas de escada me fazem pensar que é uma referência a esse filme. Sério, se você gosta de cinema, precisa sentar e prestar atenção nele e em todos os símbolos usados para passar a mensagem que o diretor quis passar.