Viagens

Road Trip Leste Europeu 1: Viena (parte 1)

August 29, 2015

No trecho de Budapeste para Viena, marido permitiu que nosso amigo pilotasse a máquina dele. Mesmo que tenha sido só por duas horinhas, amiguinho se sentiu realizado de poder dirigir um pouquinho pela Europa. Bom, sei que Viena não é leste europeu, mas a cidade entrou no roteiro por conta da proximidade geográfica e como nenhum de nós conhecia ainda, por que não? O trecho entre as duas cidades era repleto de aerogeradores ou cata-ventos de energia eólica. Fora isso, não tinha nada de surpreendente na estrada.

Já comentei sobre o calor deselegante nos posts anteriores, mas em Viena o forninho esquentou um pouco mais e o termômetro do carro chegou a mostrar que a temperatura externa era de 40 graus Celsius. Tenho certeza que escolhemos a semana mais quente do ano para viajar e não aconselho ninguém a fazer o mesmo. Especialmente se o destino for Viena porque aquela cidade não sabe brincar de ar condicionado, sério. Fiquei tão incomodada que deu um bug no meu cérebro e eu esqueci de fotografar em vários momentos.

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Chegando em Viena, fizemos o check in, guardamos o carro numa garagem e fomos almoçar no Mochi, um japonês muito top. Devidamente alimentados, fomos explorar a cidade. Paramos no Parlamento e depois caminhamos rumo ao Rathausplatz (City Hall Square) onde está acontecendo um Music Film Festival que vai até o dia 6 de setembro e é de graça. Conferimos que filme seria exibido naquela noite, mas não era nada que nos interessasse, então continuamos a caminhada até chegar ao Volksgarten. Depois de caminharmos bastante, bateu uma fominha e o calor pedia uma cerveja, então seguimos para a Schwarzenbergstraße rumo à cervejaria 1516. Lá matamos saudade de Berlim saboreando umas belas currywurst com batatas fritas (meu colesterol agradece). E assim terminou nosso primeiro dia em Viena.

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No segundo dia, coloquei o meu vestido mais fresquinho e partiu MuseumsQuartier! Tomamos café da manhã por lá mesmo e entramos no Leopold Museum onde estão algumas obras dos artistas austríacos Gustav Klimt e Egon Schiele. O museu é bem grande e passamos bastante tempo lá dentro (o ar condicionado de lá funciona direitinho hehe). Nesse museu tem muito mais obras do Egon Schiele do que do Klimt. Os meninos não gostaram tanto, mas eu adorei saber mais sobre a história dos dois, especialmente a do Schiele que eu conheci graças ao curso de desenho que fiz no ano passado. Um dos primeiros exercícios do curso usava como referência um trabalho dele. Achei especialmente interessante a exposição mostrar bastante sobre as mulheres que inspiravam os dois artistas: a Emilie Flöger (Klimt) e a Wally Neuzil (Schiele). Schiele era bem #vidaloka e seu trabalho é carregado de erotismo, ou seja, há vários nudes nesse museu.

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Depois de passarmos horas no Leopold Museum, fomos almoçar no Naschmarket. Foi nessa parte da viagem que deu bug no meu cérebro e eu não fotografei nada. Lembro que a gente foi na H&M porque amiguinho queria comprar roupas e eu precisava de blusas leves, já que as que ainda restavam limpas não eram apropriadas para o calor que estava fazendo. A previsão do tempo super me enganou dizendo que em Viena o clima estaria mais ameno. Só consegui comprar duas blusas porque as lojas já estão com a coleção de outono, mas tudo bem, foi o bastante.

Enfim, voltamos para o apartamento para deixar as sacolas e descansar um pouco os pés. Depois fomos tomar uns bons drinks num bar chamado If dogs run free. O lugar é ótimo, drinks mara, atendimento idem, mas KD O AR CONDICIONADO?! Dentro do bar estava mais quente que na rua e quando chegamos, a garçonete tinha acabado de retirar as mesas e cadeiras da parte externa. Ficaríamos mais tempo por lá porque o lugar é bem legal, mas a situação estava insuportável. Então, decidimos caçar um lugar para comer porque os restaurantes em Viena fecham bem cedo. Só que já era tarde demais e tivemos que apelar para o Ronald…

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O nosso terceiro dia em Viena era um feriado (Assunção de Maria) e ficamos na dúvida se o comércio estaria aberto. Minha preocupação era: o Museu do Freud estaria aberto? Já era nosso último dia na cidade e eu ficaria muito frustrada se não conseguisse ir (sonhava com isso há 10 anos). De acordo com o site o museu estaria sim funcionando no feriado. Ufa! Partimos então a procura de um lugar para tomar café da manhã. Como vocês podem reparar na foto acima e na foto que abre o post, a cidade estava digna de um episódio de Walking Dead. E o primeiro lugar que tentamos ir para tomar café estava fechado. Sugeri aos meninos que fôssemos logo para o museu porque todo museu tem um café e seria mais garantido do que ficar rodando pela cidade. Eles toparam e encontramos um café aberto bem perto do museu.

Os meninos não estavam muito animados com o Museu do Freud e queriam ir para o Museu dos Relógios, mas eu consegui convencê-los, afinal o museu era pequeno e a gente já estava ali. Poxa, eu gostava tanto de estudar o cara na faculdade, ia perder essa oportunidade? Lógico que não. Entendo que para quem não conhece o trabalho dele, o museu possa ser meio chato. Mas não dá para negar que ele deixou um legado muito importante e influente. O museu funciona na casa onde Freud morou e trabalhou até 1938, ano em que a Áustria foi incorporada à Alemanha Nazista e ele (que era judeu) foi obrigado a sair de Viena e ir morar na Inglaterra com sua família. O museu é bem pequeno mesmo, você só tem acesso à area onde Freud trabalhava. Nada de quarto, sala, cozinha, banheiro… Os móveis são originais e o audioguia explica sobre alguns aspectos da vida de Freud e sobre vários itens que compõem o escritório e refletem a bagagem cultural que serviu de apoio para o desenvolvimento da psicanálise. Caso você goste do assunto, a visita é válida.

Clique aqui para ler a parte 2 dessa visita à Viena.

Fotos por Alê Araújo.

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  • Marcela August 30, 2015 at 1:44 pm

    Estou adorando os posts dessa road trip, Alessandra! Já estive em Viena mas foi por menos de 24 horas, tenho muita vontade de voltar, mas vou lembrar de jamais ir em época quente assim, hehe.

    beijos

    • Alessandra Araújo August 30, 2015 at 3:54 pm

      Marcela, lembre mesmo desse detalhe porque influencia muito na viagem. Passar o dia pregada de suor não é nada glamouroso, posso te garantir. Espero que continue curtindo os próximos posts. Beijos!

  • Bárbara Hernandes August 31, 2015 at 11:54 am

    Eu fui pra Viena em dezembro de 2013 e amei! Não só porque gosto de frio, mas porque Viena e calor não combinam, sabe? A cidade tem a cara da riqueza no inverno! hahaha
    Brincadeiras à parte, esse museu do Freud é muito legal, né? Eu adoro psicologia e me senti lisonjeada em poder conhecer o lugar onde “o hômi” trabalhou…
    Me diz que vocês comeram bolos e doces vienenses, por favor!

    • Alessandra Araújo August 31, 2015 at 12:09 pm

      Bárbara, Viena e calor não combinam MESMO! Hahhaha Descobrimos isso do pior jeito. Eu gostei do museu do Freud apesar de esperar um pouco mais. Mas conhecer o lugar onde ele viveu e trabalhou foi bem interessante sim. Bom saber que você também curte psicologia. Putz, acredita que não provamos os bolos e doces vienenses! Na próxima vez provaremos. Afinal, 3 dias não são o bastante pra Viena.

      • Bárbara Hernandes September 5, 2015 at 4:18 pm

        Ahhhh mas então vocês tem que voltar djá! Os bolos e doces vienenses são os melhores que já provei na vida, e ó que eu sou formiga de primeiro grau! hahahha

        • Alessandra Araújo September 5, 2015 at 6:45 pm

          Acho que no calor dá menos vontade de comer doces que no frio. Eu nem lembrei!

  • Taís September 2, 2015 at 12:15 am

    Gargalhei aqui quando você disse que a cidade estava meio Walking Dead hahahhaa e as fotos retratam isso mesmo, mas só de imaginar o calor eu fico morta aqui.. gente, 40 graus??? Isso não se faz com o ser humano hahaha
    É difícil imaginar Vienna com um calorzão assim, não sei se porque sempre lembro de frio quando me vem Áustria na cabeça.
    Tô babando nessas fotos e nessa roadtrip! 🙂

    • Alessandra Araújo September 2, 2015 at 9:40 am

      Taís, a gente tinha acabado de chegar de Budapeste que estava super cheia e animada e nos deparamos com Viena desse jeito. Foi um contraste bem grande. Acho que as pessoas tinham fugido de Viena pra Budapeste. Acho que no imaginário de muita gente, os países desse lado de cá são frios sempre. Mas não, aqui tem verão de verdade! E pior, verão sem ar condicionado! Não consigo me conformar com isso…

  • K A H September 4, 2015 at 5:26 am

    Alê, quantas fotos lindas! Essas duas últimas em P&B estão maravilhosas! E 40 graus sem ar condicionado… WHYYYY GOD? HAHAHA

  • BA MORETTI September 6, 2015 at 3:55 am

    40 fucking graus? e eu aqui reclamando do inverno bizarro por ter dias com 30 graus. e como assim sem ar condicionado? povo tá tão acostumado que não precisa se ~refrescar? fiquei dividida entre querer conhecer vs medo de desmaiar (pressão podre).

    de qualquer forma, gosto da forma que tu retrata as coisas. bate maior curiosidade 🙂

    • Alessandra Araújo September 6, 2015 at 10:34 am

      Ba, nunca pensei que fosse ficar tão quente assim. Até agora não entendi o porquê de não ligarem o ar condicionado. E pior que enquanto nós estávamos derretendo, as outras pessoas não pareciam estar incomodadas. Vai entender… Mas a cidade é legal, é só evitar ir em agosto.

  • Paula A. September 8, 2015 at 1:55 pm

    As tuas fotos são óh: ❤❤❤
    Já fica a dica pra quando vocês vierem a Amsterdam: também não tem ar condicionado em lugar algum – e as lojas que dizem ter estão mentindo, é tipo 5 graus mais fresco que o calor do lado de fora, hahah.

    • Alessandra Araújo September 8, 2015 at 9:16 pm

      Sério, Paula? Qual o problema desses europeus?! Nunca irei pra Amsterdam em agosto então.

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