Passamos 10 dias viajando, mas parece que foi um mês de tanta coisa que aconteceu. É a mesma sensação que senti quando fui pra Berlim (parte 1, 2 e 3), parecia que tínhamos vivido uma semana em um fim de semana. Agora chegou a hora de voltar para a rotina e descrever os highlights dessa road trip pra vocês. Já adianto que valeu muito a pena viajar de carro por essas bandas, as estradas são boas, os postos de gasolina são excelentes e com banheiros super limpos! Foi uma surpresa muito boa, já que sou bem chata com banheiros. Além disso, aprendemos bastante e vou compartilhar tudo por aqui.
Bom, como nosso amigo só ia ter um dia inteiro em Kiev, tivemos que fazer um intensivão. Já escrevi posts aqui sobre os lugares que visitamos com ele, então vou comentar apenas sobre a parte mais emocionante que foi a subida na Rodina Mat (Mother Motherland). Quando visitamos o Museu da Grande Guerra Patriótica em março, havia uma placa informando que a estátua estava fechada, provavelmente por conta do inverno. Mas dessa vez, ela estava liberada e amigo e marido subiram. Eu amarelei no momento que o funcionário do museu perguntou se alguém tinha medo de altura. Já respondi logo que sim e fui gongada. Depois ele perguntou se alguém era claustrofóbico e eu pensei: o bagulho deve ser tenso. E era, ou melhor, é! Os meninos que o digam. Definitivamente, não seria um passeio divertido pra mim, já que eu tenho MUITO medo de altura.
A foto acima foi feita pelo meu corajoso marido (leia-se: maluco). Reparem o tamanho das pessoas lá embaixo. Talvez a foto não faça justiça à altura, mas são 102 metros até a ponta da espada. Na foto abaixo dá pra ver até onde eles foram. Não sei quanto mede a espada, mas imagino que eles estavam a mais de 90 metros de altura. Só que a parte emocionante não é apenas a altura, mas a forma como você chega lá em cima. Os meninos contaram que o funcionário do museu coloca um cinto em você (tipo aqueles de bungee jump), daí você pega dois elevadores apertados (por isso ele perguntou se alguém era claustrofóbico) e depois você sobe duas escadinhas de ferro externas por dentro do braço da estátua sem NENHUMA proteção. Detalhe que antes tem que assinar um termo onde a única coisa que você consegue ler é: I agree. Depois tem que descer pelas mesmas escadinhas sem proteção e pegar os mesmos dois elevadores apertados. Nunca imaginamos que seria algo desse nível de perigo. Ainda bem que não aconteceu nenhuma tragédia. Só digo uma coisa: Ucrânia é emoção garantida.
No dia seguinte, acordamos cedíssimo e pegamos a estrada rumo à Lviv. Conseguimos fugir do trânsito pesado de Kiev, mas pegamos um engarrafamento gigante a alguns quilômetros de Lviv. Daí tivemos a brilhante ideia de pegar um desvio que aparecia no GPS. O que não esperávamos é que esse desvio era pelo meio do mato! Pense no medo do carro quebrar ou atolar… Felizmente, deu tudo certo e conseguimos chegar em Lviv e ainda deu para passear um pouco. Ficamos no hotel On The Square que é uma fofura e muito bem localizado. Depois de fazer o check in, fomos almoçar porque estávamos varados de fome, afinal tínhamos acordado super cedo. Tentamos ir a um restaurante que conhecemos da outra vez que visitamos Lviv (parte 1 e 2), mas ele fechou. Então, encontramos um outro com nota boa no Foursquare e devo dizer que concordo super com a nota. Comi um salmão delicioso e o atendimento foi ótimo. Ficamos na área externa porque o calor estava deselegante. O nome do restaurante é Mons Pius e abaixo é a foto da entrada.
O calor foi a desculpa perfeita pra tomar um sorvetinho após o almoço e o lugar escolhido foi o Dim Legend, um gastropub bem famoso de Lviv. Ele ocupa o prédio inteiro e cada andar tem um ambiente diferente. As três fotos abaixo foram feitas lá. Em um dos andares você é servido por anões (pessoas pequenas é mais politicamente correto neh?) e no terraço tem um Trabant e uma estátua que dá sorte se você conseguir atirar uma moeda dentro do chapéu. Se você está se perguntando como esse carro foi parar lá em cima, devo dizer que não sei a resposta. Eu apostaria que esse carro é o primo ucraniano daquele carro do Harry Potter.
Passeamos mais um pouco pelas charmosas ruas de Lviv e fechamos a noite com bons drinks no Masoch Cafe. O lugar leva esse nome em homenagem ao escritor Leopold von Sacher-Masoch, nascido em Lviv. Seu nome serviu de base para a criação do termo masoquismo (por conta de seu romance erótico “A Vênus das Peles”) e o café segue essa temática. Não vou dar muitos detalhes sobre o que acontece lá, mas já aviso que recebi duas chicotadas na bunda logo que cheguei (os meninos só levaram uma). Usem a imaginação hehe.
Nessa minha segunda visita à Lviv vivi uma experiência completamente diferente da primeira. A cidade no verão é bem mais animada. Mas ela é uma gracinha em qualquer estação, então super vale a visita. Foi ótimo ter parado lá pra dormir. Além de curtir um pouquinho da cidade, chegamos mais descansados em Budapeste. No próximo post conto como foi nossa experiência por lá.
Fotos por: Alê Araújo e R. Dourado.
Meeeeeeeu, que sensacional! Adorei! Não conheço quase nada do leste europeu e estou curiosa pelos próximos posts!
ps.: fiquei passada com a segurança da subida na estátua e ri muito com a parte do “I agree” e com a chicotada no tal bar! 🙂
Bárbara, o leste europeu é super tendência! Eu amei e estou doida para explorar mais. Quanto à segurança (ou falta de) na estátua, isso é uma coisa que NUNCA seria permitida nos EUA, por exemplo. Quanto à chicotada, confesso que eu gostei! Hahahahahah
Adorei o post e estou super animada para os próximos! Eu com certeza não subiria naquela estátua, seu marido e seu amigo foram corajosos mesmo, hehe.
beijos
Marcela, que bom que gostou! Essa viagem foi bem divertida e espero que vocês se divirtam também lendo os posts. Olha, eu não sei se eles teriam subido se soubessem como era a tal subida… Foram pegos de surpresa haha. Ainda bem que sou cagona senão com certeza estaria mortinha da silva agora.
Beijos!
Um dos sonhos da vida é conhecer o leste europeu! Esse post só aumentou minha vontade.
Fotos bem lindas e eu seria como você, jamais subiria na estátua. Tenho PAVOR de altura.
Desejo que você realize seu sonho, Stephanie! Até agora tenho achado o leste europeu bem interessante. Muito obrigada pela visita e pelo comentário! 🙂
Aii que demais, Alê! Sabia que essa viagem de vocês iria ser boa mesmo, tô louca já pra saber dos outros lugares, de Budapest.. Chernobyl.. aiai *_*
Eu acho que super iria aí nessa estátua, com medo e tudo! haha
E to rindo muito aqui das chicotadas no bar, nossa! Não tinha ideia que o termo masoquismo tinha vindo daí, por essas e outras que eu amo teu blog <3
Pois é Taís, tenho bastante trabalho pela frente hahaha muitas fotos pra editar e posts pra escrever. Acho que você iria mesmo porque você se amarra numas alturas neh! Essa do masoquismo eu só descobri quando fui a Lviv pela primeira vez, mas não cheguei a entrar no cafe. Aí dessa vez esse lugar tinha que estar no roteiro e valeu a pena, nosso amigo adorou!
Eu quero muito fazer uma viagem de carro pelo leste! E olha, eu sou (muito) chata com banheiros também, e o que você escreveu me deixou muito feliz haha
Gente, que loucura! É muito alto MESMO :O eu ia morrer de medo, mas iria mesmo assim haha anotei esse lugar na minha lista pra visitar. Anotei também o nome do café em que vocês foram hahaha vou adorar o lugar pelo que você disse 😛
Lviv parece ser uma cidade bem simpática e charmosa, gostei muito.
Acabei de ver que você publicou sobre Budapeste, vou lá conferir… Nunca estive na Hungria, mas tenho curiosidade!
beijos
Mellanye, você deve estar se referindo ao Masoch Cafe neh? Acho que você vai gostar sim hahahha Lviv é uma graça, vale muito a visita. E banheiros limpos é vida, vamos combinar neh! Beijos.
Colocando em dia toda a leitura que atrasei daqui e já AMANDO esse seus posts sobre a viagem. Fiquei imaginando se teria coragem de subir naquela estátua e acho que SIM, hahahahahahaha
Só dá mulher corajosa aqui! Eu sou franga assumida mesmo hahaha
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