O tema desse mês do Projeto 6 on 6 é aniversário, já que ele completa 1 ano de existência hoje. Então, nada mais apropriado do que comemorar! Não faço parte do projeto desde o início, mas faço parte da comemoração hehe. Como não era possível juntar todas as participantes, decidimos que cada uma comemoraria em sua própria cidade. Aqui em Kiev, eu e marido catamos a toalha (que na verdade é um lenço típico que ficou muito grande em mim) e fizemos um piquenique delicinha hoje em um dos parques da cidade. O dia estava lindo e o calorzinho estava na medida, nem demais nem de menos.
Após 7 meses morando aqui, ontem eu descobri a resposta para a pergunta que não queria calar. Eu e a amiga russo-brasileira resolvemos desvendar esse mistério enviando um vestido da marca dela para a minha prima que mora em Roma. Na nossa primeira tentativa de descobrir informações, seguimos direto para a нова пошта. Eu sabia que esse era um dos correios daqui e lá fomos informadas que essa empresa só entrega correspondências dentro da Ucrânia. Então seguimos para a agência da outra empresa, a Укрпошта. Essa sim envia correspondências internacionais. Perguntamos pra atendente (na verdade, minha amiga perguntou em russo) quanto custava para enviar um pacote pra Roma e ela respondeu que custava 600UAH. Desconfiamos que esse valor estava meio alto e isso foi confirmado por uma moça que estava na fila para ser atendida e ela disse que no site tinha os valores certinhos de acordo com o peso e o local de destino.
Depois de pesquisar no site e informar os valores pra minha prima, resolvemos cumprir essa missão quase impossível. Enquanto minha amiga se concentrava ao máximo para entender o que a atendente dizia em ucraniano (mesmo perguntando em russo, a moça só respondia em ucraniano), eu tirei essas fotos meramente ilustrativas com o celular, já que não estava com a minha câmera, então relevem a qualidade das imagens desse post.
Esse sábado aconteceu esse evento na Sofiiska Square com uma programação de palestras sobre produção cultural e inovação social. Fomos lá conferir especialmente porque uma banda daqui indicada por um amigo nosso ia fazer um show nesse evento no final da tarde. O dia estava lindo, temperatura na casa dos 20 graus, ou seja, uma excelente oportunidade de sair de casa. Antes de irmos para o evento, passamos no parque que fica atrás da Universidade Taras Shevchenko e depois almoçamos ali por perto.
Após o almoço, passamos numa livraria que vende livros em inglês e compramos um guia de roadtrips pela Ucrânia. Então, aguardem que estamos planejando aventuras para os próximos meses que serão devidamente registradas aqui. Bom, depois de comprarmos o guia, finalmente seguimos para o evento. Chegando lá, nos deparamos com um mar de motocicletas e motoqueiros.
Fui convidada para participar de um projeto fotográfico super legal chamado “6 on 6” que funciona assim: todo dia 6 de cada mês, seis blogs de seis países diferentes postam seis fotos sobre um tema. O tema de fevereiro é “nossa casa” ou “наш дім” em ucraniano. Fiquei super feliz por ter sido convidada e o tema não poderia ser mais pertinente, já que estou no meio desse processo de montar a casa e adoro decoração. Vou mostrar aqui a sala, pois é o único cômodo que está quase pronto e é o lugar onde passamos mais tempo também.
Essa semana fui na IKEA comprar a nossa cama e uma mesinha de cabeceira. Quer dizer, fui numa loja que vende produtos de lá, já que ainda não existe uma loja da IKEA na Ucrânia. Essa loja encomenda os produtos da IKEA da Polônia e faz a entrega e a montagem. Tudo foi resolvido com a ajuda do Google Translate, já que a atendente não falava inglês e meu russo é master capenga. A mesma coisa aconteceu quando compramos o sofá e o tapete. Na verdade, o tapete nem teve ajuda do Google Translate, foi mais na base da mímica mesmo hahaha. O importante é que deu tudo certo e o tapete está fazendo bonito na sala.
Acho que essa pergunta e variações tipo “Tá muito frio?”, “Tah nevando?” são as que eu mais escuto de amigos e familiares no Brasil. Eu sou uma pessoa MUITO friorenta e bastava bater um vento em Brasília que eu já estava de casaco, então achei que nem ia conseguir sair de casa no inverno aqui de Kiev. Para minha surpresa, até que estou conseguindo lidar muito bem com as temperaturas negativas daqui. Quando saí de Brasília, estava um calor infernal e eu não sinto saudade nenhuma dele.
O segredo para enfrentar o frio é estar com as roupas certas e essa lição eu aprendi bem rápido. Outra coisa importante é checar a temperatura antes de sair de casa e saber quanto tempo você vai passar na rua. Se você não for passar muito tempo na rua, às vezes nem precisa colocar luvas e gorro porque todos os lugares são aquecidos. Mas o mais importante mesmo nem é a temperatura em si, mas a sensação térmica, essa sim faz bastante diferença.
Contei nesse post que a Amélie sofreu com a mudança e acabou desenvolvendo uma gastrite por stress. Ela emagreceu muito, ficou com 2,3kg. Em Brasília ela pesava 4,3kg, ou seja, perdeu praticamente metade do peso que ela costumava ter. Imagine você perdendo metade do seu peso. Imaginou? Pois é, é muita coisa. Os ossinhos da coluna e da bacia dela ficaram bem aparentes. Agora ela está pesando 3,5kg. Estamos alimentando com a ração seca para filhotes que é bem mais calórica e todas as noites damos ração molhada e aos poucos ela está recuperando o peso.
Ela ainda não está completamente recuperada. A veterinária pediu um exame de sangue para verificar se estava tudo bem e o resultado indicou que as enzimas do fígado dela não estão normais e os leucócitos estão baixos. Daí a veterinária receitou dois remédios: Ursofalk que ela deverá tomar por 10 dias e Hepatiale Forte que ela vai tomar por um mês. Então, repetiremos o exame de sangue para ver se está tudo normal e, caso não esteja, ela terá que continuar tomando o remédio. O primeiro remédio a gente tem que fazer ela tomar na seringa e o segundo é misturado na ração molhada.
Cabelos crescem e não esperam você aprender a língua local. Aí chega aquele momento que não dá mais para esperar, pois a juba está grande e feia pra danar. Como faz? Onde corta? Como explica o corte? E é nessa hora que você tem absoluta certeza que saiu completamente da zona de conforto.
Aí você se pergunta “e agora, quem poderá me ajudar?” e não espere que o Chapolin Colorado apareça porque não vai rolar (R.I.P. Roberto Bolaños). Bom, eu sabia que tinha uns 2 salões de beleza perto de casa, mas o público alvo é feminino e quem precisava cortar o cabelo era o marido. Sei que muitos salões de beleza cortam tanto cabelo de homem quanto de mulher, mas antes de arriscar, marido resolveu perguntar ao Google.
Logo que cheguei aqui, achei super fofo que as fichinhas do metrô pareciam pecinhas de jogo infantil e agora fiquei sabendo que chegou a hora de dizer adeus a elas… Na última sexta-feira, saímos com nosso amigo local e ele nos informou que as fichinhas azuis sairiam de circulação a partir de hoje e seriam substituídas por cartões magnéticos. Poxa vida, eu curtia tanto as fichinhas, mas tudo bem neh, lá fomos nós comprar o cartão magnético sem graça…
O cartão custa 7 grívnias, mas a atendente informou que era necessário ativá-lo com uma viagem. Cada viagem custa 2 grívnias, portanto o cartão mais a carga saíram por 9 grívnias. De acordo com o site do metrô, é possível carregar o cartão com um valor que não exceda 100 grívnias, então nos encaminhamos para o terminal mais próximo e carregamos nossos cartões com 50 grívnias cada e ficamos com 26 viagens. Como ainda tínhamos algumas fichinhas azuis na carteira, tivemos que gastá-las primeiro, já que sairiam de circulação.
O mês de novembro, “listopad” em ucraniano, é o mês das folhas caídas e, apesar do outono ainda não ter terminado oficialmente, a paisagem já mudou bastante. No último domingo nevou e foi a nossa primeira neve aqui em Kiev. Daqui pra frente, a paisagem estará sempre branquinha e eu já sinto saudade das folhas amarelas e caídas do outono. Então, antes que o mês acabe, resolvi fazer esse post com algumas fotos da paisagem amarelinha. Infelizmente, fotografei pouco nesse outono, mas espero corrigir esse erro no próximo.
Uma das comidas típicas da Ucrânia é a Borsch, uma sopa de beterraba muito gostosa. Dos pratos típicos que experimentei até agora, a Borsch foi a que eu mais gostei. Daí, quando a Manu estava aqui em casa, ela resolveu me ensinar a fazer a receita e eu filmei pra não esquecer nenhum passo. Então, resolvi editar e postar aqui. A receita tradicional leva carne, mas Manu fez a versão vegetariana. Esqueci de colocar no vídeo para colocar sal a gosto. Desculpa aê, ainda sou novata nesse negócio de edição de vídeo.
Sei que no Brasil está muito quente para tomar sopa, mas numa noite de chuva, com a temperatura mais amena, uma sopinha cai bem vai. Bom, por aqui estamos no auge do outono e eu tenho tomado muita sopa. Todos os restaurantes possuem sopas em seus cardápios, uma mais deliciosa que a outra, então tenho aproveitado para experimentar. Tenho uma queda pelas sopas cremosas, mas a Borsch me conquistou mesmo não sendo cremosa.