Cotidiano, Cultura, Kiev

Algumas curiosidades sobre Kiev

October 26, 2014

Estou aqui há três semanas e reparei algumas diferenças em relação ao Brasil, mais especificamente Brasília. A primeira diferença que notei foi o uso da faixa de pedestres. Em Brasília, o pedestre precisa acenar para que os motoristas parem na faixa de pedestre. Por aqui é mais emocionante, o pedestre simplesmente atravessa sem dar sinal algum! E os carros param, simples assim. A minha estratégia de sobrevivência é atravessar quando alguém já está atravessando, vai que os carros não param né…

Os táxis por aqui não possuem taxímetro, o preço é combinado antes de você entrar no carro. Você informa para onde quer ir e o motorista estipula o preço. E, assim como a comida, táxi é muito barato. A corrida mais cara que pagamos até agora foi 100 grívnias, o equivalente a R$ 20,00 aproximadamente.

O metrô de Kiev é um show à parte. Além de barato, as estações são bem legais e as linhas vão para vários cantos da cidade. Os vagões normalmente estão lotados. Portanto, as chances de você ficar em pé são grandes e as pessoas não seguram em nada. Isso exige uma enorme habilidade de equilíbrio e ginga porque o metrô é veloz. Ainda estou aprimorando minha técnica de surf no metrô. As escadas rolantes das estações também exigem uma certa habilidade de concentração para calcular o momento certo de sair, já que elas se movem rápido. Sempre fico com medo de levar um estabaco e gerar um efeito dominó de pessoas caindo por cima de mim…

Algumas estações são bem profundas e o passeio de escada rolante é relativamente longo. Inclusive, uma das estações mais profundas do mundo fica aqui em Kiev, a Arsenalnaya que fica a 105 metros da superfície. Eu ainda não fui nessa estação, mas quando for, farei questão de cronometrar o tempo que passarei na escada rolante.

Os filmes exibidos nos cinemas de Kiev são todos dublados em ucraniano. Sim, TODOS. É uma exigência prevista em lei. Por isso, nunca fui ao cinema aqui, já que não entendo nada de ucraniano. E provavelmente não irei, já que não curto filme dublado.

Alguns restaurantes possuem um cardápio muito peculiar, servem de tudo. Num mesmo cardápio você pode encontrar comida italiana, ucraniana e japonesa! Viva a globalização!

E para finalizar esse post, uma informação “super relevante”: a promoção do McDonald’s com batata e coca-cola média custa 36 grívnias, cerca de R$ 6,67. E tem tortinha com recheio de cereja que é boa, mas ainda prefiro a de banana.

UPDATE: Esqueci de comentar sobre o ônibus! Não tem cobrador e quem recebe o dinheiro é o motorista e muitas pessoas sentam primeiro para depois pagar. Aí a pessoa não precisa se levantar para entregar o dinheiro ao motorista, ela simplesmente passa o dinheiro para o passageiro da frente que passa para o próximo e assim por diante, até chegar nas mãos do motorista.

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  • Lidia October 27, 2014 at 12:12 am

    Olá, Alessandra! Tudo bem?
    Amei seu blog, também sou de Brasília (hoje moro em Montreal, no Canadá) e tenho muita vontade de conhecer alguns países do leste europeu. Você já está na minha listinha de blogs, vou acompanhar com muita curiosidade! 🙂
    Abraços!

  • Alessandra Araújo October 27, 2014 at 9:49 am

    Oi Lídia, tudo bem e vc?

    Que legal, uma brasiliense! Espero que a sua vontade aumente e que vc venha conhecer o leste. Fico muito feliz que vc tenha gostado do blog e agradecida pelo comentário. Ainda não conheço o Canadá e vou acompanhar seu blog tb.

    🙂

  • Marcela October 27, 2014 at 10:55 am

    Oi Alessandra, eu tenho muita curiosidade sobre o Leste Europeu e vou gostar muito de acompanhar o seu blog. É incrível como as coisas são bem mais baratas, né, chega a ser inacreditável a promoção do McDonald’s custar menos de R$ 7,00! E a honestidade das pessoas no ônibus, chega a ser até espantoso, mas no bom sentido, é claro! 🙂

    beijos!

  • Alessandra Araújo October 27, 2014 at 11:46 am

    Oi Marcela! Sim, as coisas são muito baratas comparado ao Brasil. Pois é, a honestidade é espantosa, mas não deveria ser neh? É triste constatar que essa cena não se repete no Brasil… Mas enfim, obrigada pela visita e pelo comentário!

    Beijos.

  • Taís October 28, 2014 at 2:09 am

    Tenho muita vontade de conhecer a Ucrânia, quase fui ano passado, mas não deu certo. Tenho uma professora aqui em Dublin que é de Kiev.. e adoro ficar ouvindo as histórias dela sobre aí, como as coisas são baratas mesmo. Fiquei impressionada aqui com o ônibus, que a galera vai passando o dinheiro pro motorista, haha 😀

    • Alessandra Araújo October 29, 2014 at 5:04 pm

      Quando tiver a oportunidade, venha visitar a Ucrânia sim, você vai adorar. Obrigada pelo comentário, Taís!

  • fernanda dourado October 28, 2014 at 10:45 pm

    Como foi a experiencia com a diarista?

    • Alessandra Araújo October 29, 2014 at 5:09 pm

      Bom, como ela veio de “brinde” com o apê, foi bem tranquilo pq ela conhece melhor do que eu. Não tive que explicar nada, já que eu não ia conseguir mesmo hehe. Nós nos falamos bem pouco, já que ela não fala muito inglês. Mas ela é super simpática e quando me conheceu, me cumprimentou com beijinhos no rosto como no Brasil e já veio me chamando de Sasha (apelido para o meu nome por aqui). Mas eu consegui entender quando ela falou que precisava comprar mais de um produto de limpeza. E teve um dia que eu queria falar um negócio com ela e pedi para Manu traduzir pelo whatsapp. Aguarde o próximo post que eu falo um poquinho sobre ela.

      bjs.

  • dmytro October 30, 2014 at 11:45 am

    Sasha é o diminutivo habitual para Olexandre / Olexandra; tal como Tânia é diminutivo da Tatiana; Olia de Olga; Vânia do Ivan (é masculino), etc.

  • Jac November 10, 2014 at 2:52 pm

    Esse olhar estrangeiro é sempre mais curioso. Adorei saber desses detalhes. Provavelmente, em breve, vc terá outras percepções do tipo.

    E, gente, adorei vc, codinome Sasha! 🙂 kkkkk Agora só te chamo assim.
    BRINKS

    • Alessandra Araújo November 11, 2014 at 11:23 am

      Pois é, mal cheguei e já tenho codinome hahha. Eu espero não perder esse olhar porque a gente vai acostumando com as coisas e acaba nem percebendo mais.