No nosso segundo dia em Berlim acordamos às 11:00 para tomar banho, sair pra tomar café da manhã e correr pro tour que começava às 13:00. Chegamos na estação do metrô mais próxima do hotel e estava fechada, daí corremos para outra estação. O ponto de encontro do tour era em frente à Starbucks da Alexander Platz e nós descemos do metrô às 12:44. Foi só o tempo de pegar um donut no Dunkin’ Donuts e seguir para a Starbucks. Lá peguei um chocolate quente para ir bebendo no tour. Enquanto isso, minha amiga estava num táxi tentando chegar a tempo. Como se não bastasse estar atrasada, ainda bateram no táxi onde ela estava e ela teve que pegar outro. Ainda bem que nada grave aconteceu e ela conseguiu chegar antes do grupo sair para o tour. Ufa!
Nós fizemos esse tour gratuito e nossa guia era uma australiana toda trabalhada no brechó. Para o dia seguinte já havíamos agendado um outro tour com temática histórica, por isso escolhemos esse que dura 3 horas e passa por vários lugares legais e bem alternativos. Não precisa agendar nem nada, é só aparecer no lugar combinado. Tiramos várias fotos e ficamos sabendo de várias histórias interessantes sobre espaços abandonados que foram sendo tomados por artistas de todos os tipos durante os anos 90, logo após a queda do muro.
A casa abaixo foi construída com materiais retirados do lixo por Osman Kalin, um turco que vivia na Berlim ocidental. Um belo dia ele notou que uma área inutilizada estava coberta de lixo. Oficialmente, aquela área pertencia à Berlim oriental, mas foi deixada no lado ocidental do muro porque havia uma espécie de quina na fronteira e o muro foi construído em linha reta para economizar material. Quando os moradores da Berlim ocidental perceberam que o governo não tinha autoridade nenhuma sobre aquela área, começaram a jogar lixo ali. Daí o turco ficou indignado com a sujeira e resolveu limpar a área. Com os materiais retirados do lixo, ele construiu sua casa e fez um belo jardim que é conservado até hoje. Mas a história não termina aí. Uma “mente brilhante” resolveu fotografar essa casa e publicar no jornal da DDR dizendo que a situação no lado ocidental era muito ruim e as pessoas precisavam construir suas casas com lixo. Show de manipulação da informação!
Outro ponto que visitamos foi o YAAM, um lugar às margens do rio Spree onde acontecem festas eletrônicas, de hip-hop, reggae entre outros tipos de expressão cultural urbana. No site diz que YAAM “é um lugar especial que não pode ser descrito”, ou seja, é preciso viver a experiência para saber o que é. É uma mistura de Brasil com Egito, entendeu? hehe Já quiseram até acabar com o YAAM, mas não conseguiram e ele continua lá firme e forte. Depois do YAAM, seguimos para o Kuntsquartier Bethanien, outro espaço dedicado à arte que nós já tínhamos visitado na noite anterior. Ficamos lá por um tempo, mas tivemos que abandonar o tour porque tínhamos agendado a visita ao Reichstag para as 16:30 e era preciso chegar 15 minutos antes. No caminho para o Reichstag passamos por essa obra enorme do Ash (achei que era do Banksy, mas descobri que não é dele).
Conseguimos chegar no Reichstag exatamente às 16:15 e, depois de todo o procedimento de segurança, conseguimos nos deliciar com a arquitetura moderna e a vista de Berlim. Lá tem até audioguia em português e à medida que você vai andando, pode escutar as explicações sobre os pontos turísticos. A visita ao Reichstag também é gratuita, mas é necessário agendar com antecedência pelo site. Na minha opinião, o Reichstag deveria ser o primeiro ponto a ser visitado por quem vai à Berlim porque dali você consegue ter uma boa noção de onde os pontos de interesse estão localizados.
E aí a bateria da câmera acabou, mas o dia não. Pegamos o ônibus 100 (que passa em vários pontos turísticos da cidade) e fomos almoçar/jantar para depois seguirmos para a próxima atração. Descemos numa dessas galerias cheia de lojas e restaurantes e marido experimentou as famosas salsichas alemãs enquanto eu fui de comida vietnamita (um peixe com legumes ao molho de abacaxi com curry delicioso). Após o almoço/janta fomos ver a exposição sobre o filme “Blow up” de Michelangelo Antonioni no C/O Berlin. Esse lugar é um prato cheio para quem gosta de fotografia, pois as exposições mais legais sobre o tema acontecem lá. Essa do “Blow up” começou no dia que a gente chegou, então quem for para Berlim por agora ainda vai ter a oportunidade de conferir. O bom desse museu é que ele fecha às 20:00, um pouco mais tarde que os outros.
Em seguida, fomos para a Primark porque não somos de ferro neh. A loja fecha às 21:00, então tínhamos 1 hora para gastar lá. Apesar da loja estar em promoção, só levei luvas, meias e um cachecol e marido levou umas coisinhas de frio também. Se tivéssemos mais tempo, talvez teríamos levado mais coisas, mas enfim, a loja fechou e tivemos que ir embora. De lá fomos direto para o hotel para deixar as sacolas e partimos para Kreuzberg para tomar uns bons drinks. Entramos no Cake Club, uma espécie de pub com direito a uma mini pista de dança. Foi bem engraçado porque o DJ não tinha coerência nenhuma, uma hora ele tocava Shakira e depois tocava Blur, então a gente ficava sempre esperando qual era a próxima música. De qualquer forma, foi bem divertido e depois de dançarmos bastante fizemos o quê? Voltamos pro hotel? Não! Fomos para outra balada!
Lembram do CTM Festival? Pois então, tínhamos comprado ingresso para uma balada que estava rolando no YAAM e, apesar de muito cansados, tivemos que ir lá conferir neh. Berlim é a capital da música eletrônica e a balada era bem nessa vibe. Eu não sou tão fã de música eletrônica, mas tá no inferno, abraça o capeta neh. O bom é que nosso timing foi perfeito e assistimos o live do Sophie (UK) que tocou por volta das 3:00 e valeu muito a pena. Depois dessa maratona, voltamos para o hotel e, quando deitei na cama já era 05:30. Affe!
Clique aqui para ler a parte 1 dessa viagem.
Menina, que pique! Quando viajo costumo ir dormir cedo pra aguentar as andanças todas. Esse tour que você fez parece bem legal – pra quem gosta de arte urbana, Berlin é imperdível!
Bárbara, não se engane, esse pique todo foi exceção hahhaha. Também costumo dormir cedo pra aguentar as andanças, mas é que Berlim é muito vidaloka! E street art é o que não falta nessa cidade, eu amei!
Adorei o roteiro de vocês!! Cake Club é uma delicia compras na Primark são um pit stop obrigatório Yaam, é muuuito bacana a vista do Parlamento também. Berlin é uma das minhas cidades favoritas!!
Amei o post e todas as dicas
Bjs
Pri
http://www.styledchicas.blogspot.com.br
Que bom que você gostou, Priscilla! Até porque você conhece todos os lugares e sabe o quão divertido eles são. Eu amei conhecer Berlim. Obrigada pelo comentário e beijão!
Não imaginava que voces fossem tão baladeiros.
Não somos, mas em Berlim fomos haha.
[…] mês de tanta coisa que aconteceu. É a mesma sensação que senti quando fui pra Berlim (parte 1, 2 e 3), parecia que tínhamos vivido uma semana em um fim de semana. Agora chegou a hora de voltar […]
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