Nosso plano para o último domingo era visitar o Pinchuk Art Centre, um centro de arte contemporânea localizado ao lado do Arena. Logo que chegamos, percebemos uma movimentação de pessoas saindo com peças de papelão e um monte de câmeras filmando e tirando fotos. Ficamos por ali tentando entender o que estava acontecendo, até que um cara perguntou se falávamos russo ou inglês e, ao respondermos, ele perguntou se queríamos participar de uma performance artística. Topamos e ele pediu para subirmos no segundo andar do Pinchuk para pegar uma peça. Dali seguimos para a Maidan, onde seria construída uma fonte com aquelas peças.
O cara que nos convidou para participar da performance se chama Dennis Kazvan e ele é o diretor de comunicação do Pinchuk Art Centre. Ele nos explicou que o nome da artista é Pilar Quinteros , ela é chilena e está entre os 21 novos artistas selecionados para participar da terceira edição da premiação Future Generation Art Prize, promovida pela Victor Pinchuk Foundation.
Dennis explicou também que o nome da obra é Fonte da Amizade entre os Povos, pois esse era o nome dado às fontes da Maidan que foram desativadas, então a fonte de papelão representaria o fantasma das fontes que existiam ali. Inclusive, ele pontuou que a amizade entre os povos representada pelas fontes, na verdade era um amizade forçada pela repressão da União Soviética.
No canal da Pilar Quinteros no youtube tem um vídeo promocional dessa performance e um outro mostrando o processo de criação dela. Ela foi a uma outra cidade da Ucrânia (Dennis falou, mas não me lembro qual era) para pesquisar o modelo da fonte que ela construiu em papelão. A equipe do Pinchuk reservou um espaço no próprio centro onde ela passou algumas semanas trabalhando nas peças que formariam a fonte.
Nós não conseguimos ficar até o final porque estava MUITO frio. Mas o pessoal conseguiu terminar a fonte graças ao grande espírito de colaboração entre os participantes. Pilar não é engenheira e não sabia se a fonte ficaria em pé, mas o pessoal conseguiu dar um jeito com fitas, grampeadores e cola. Ficou meio capenga, mas o mais importante é a experiência da performance, o processo e não o resultado final. Foi muito legal participar dessa performance, especialmente porque fomos pegos totalmente de surpresa. Quem sabe esse fim de semana a gente consegue ver as obras do Pinchuk hehe.
Fotos da galeria por: Alê Araújo e R. Dourado.
Caraca, que bacana ser chamado para participar assim, do nada!
Esse é o tipo de coisa que pode acontecer quando você está andando na rua em lugares interessantes. Aliás, não poder andar na rua era uma das coisas que mais me irritava em Brasília. Aqui eu vou flanando e descobrindo coisas aleatórias, escondidinhas em cantos, é quase uma aventura sair para passear. Em Brasília era sair do ponto A para o ponto B e pronto…
Beijos!
Sim, você definiu bem, é quase uma aventura mesmo sair pra passear. Eu tenho a sensação de que todo dia acontece algo novo na minha vida, coisa que não acontecia em Brasília, já que todos os dias eram iguais. beijos!
Thanks a lot,from Chile! It´s so nice to know that you´d spent a good time helping my daughter Pilar. Cheers!
Oh, I’m so glad to see your comment here! It was a great experience to be part of your daughter’s performance. LOL!
Aquí les dejo el video completo de la aventura: https://www.youtube.com/watch?v=zZ5xBHk6JeE
¡Muchas gracias! A mi me gusta mucho cuando hay video de las aventuras hehe.
[…] de uma performance da artista chilena Pilar Quinteros e eu contei como foi essa experiência nesse post. Esse museu de arte contemporânea está localizado no complexo de entretenimento Arena e tem […]