No caminho de Lviv para Budapeste, passamos pela região dos Cárpatos e foi um dos trechos mais bonitos da estrada. Eu achava que ia ter vários pedaços sem nenhum habitante, mas tinha uma cidade atrás da outra durante todo o caminho até a fronteira com a Hungria. Os campos de girassóis que eu achei que estariam no território ucraniano, estavam muito mais presentes logo após a fronteira com a Hungria. Mas eles não pareciam estar muito felizes…
Acho que não cheguei a comentar aqui, mas nós decidimos a data da viagem de acordo com as datas do Sziget, eleito um dos melhores festivais da Europa. Acabamos decidindo ir apenas no dia da apresentação da Florence and The Machine que eu sou fã há tempos e nunca tinha visto um show. Eu preferia ter visto um show só dela, já que estou meio velha para essa coisa de festival. Mas essa foi a oportunidade que apareceu, então “tá no inferno, abraça o capeta”. Ainda bem que o show foi incrivelmente maravilhoso (que diva, que banda, que backing vocals!) para compensar alguns problemas de organização do festival e a falta de noção dos jovens (#velhachata). Definitivamente, não tenho paciência para pessoas que vão passear na multidão ao invés de parar e assistir ao show. Fora que quase perdemos o show da Onuka (ela tocou antes da Florence no palco Europa) por conta de desorganização. Mudaram de última hora o lugar de onde saía o barco que levava até a ilha onde acontece o festival e demoramos algum tempo para descobrir isso.
Reclamações à parte, o primeiro dia em Budapeste foi basicamente o festival, pois a única coisa que fizemos antes de pegar o barco rumo à ilha foi almoçar. Peguei a foto acima do site do Sziget, já que eu não levei câmera para o show. Fiz apenas vídeos com o celular que pretendo editar algum dia (lógico que o registro não chega aos pés do que é o show ao vivo). No dia seguinte, tomamos café no The Donut Library. Marido que descobriu esse lugar e se não fôssemos lá acho que ele morreria de desgosto (sério, ele é muito apaixonado por donuts). O lugar é uma fofura e foi difícil escolher o sabor do donut que eu ia comer. Acabei pegando um que leva o nome de “happy” e achei que era bem adequado para o momento. Depois de ficarmos bem felizinhos com aquela overdose de açúcar, seguimos para o Museu do Terror para dar aquela rebatida com uma boa dose de depressão. Logo que você entra no museu, escuta uma trilha sonora estilo marcha fúnebre pra já entrar no clima. Minha gente, não foi bonito o que aconteceu naquela terra durante a Era Soviética. Já estou meio calejada porque tenho assistido muitos documentários sobre o assunto, mas amiguinho entrou lá completamente desavisado e saiu um tanto quanto chocado.
Para dar uma levantada no astral, fomos ver a exposição do Robert Capa no Capa Contemporary Photography Center. Nascido em Budapeste, o renomado fotojornalista é muito mais conhecido por suas fotografias em preto e branco, mas essa exposição apresenta uma seleção de suas fotos coloridas. Adoro ir a exposições fotográficas e sempre dou uma pesquisada antes de viajar para ver se tem alguma interessante nas cidades que visito e fiquei muito feliz de poder conferir essa que vai até o dia 20/09. Depois desses passeios culturais, fomos alimentar nossos corpinhos famintos em um restaurante que nosso amigo conheceu da primeira vez que foi à Budapeste, há 5 anos. O lugar é uma graça e a comida estava deliciosa. Uma pena que os pratos são enormes e nem eu nem marido conseguimos comer tudo. Devíamos ter dividido, mas acabamos esquecendo. O nome do restaurante é Klassz e lá eu provei o famoso vinho Tokaji, produzido na Hungria. Achei uma delícia e essa foi a minha única experiência gastronômica tipicamente húngara, já que fomos embora no dia seguinte e não deu tempo de provar mais nada.
Bom, depois do almoço, seguimos rumo ao castelo de Buda e Halászbástya (ou Fisherman’s Bastion). Nossos almoços nessa viagem aconteciam bem tarde, por volta das 16, 17h, então chegamos ao castelo no início da noite porque estava um calor da peste (piadinha infame mode on) e passávamos boa parte do dia dentro de museus para evitar andar na rua nos períodos de sol a pino. Além disso, li no blog da Taís que a vista era muito mais bonita à noite por conta da iluminação e eu concordo plenamente. Melhor dica, Taís! Muito obrigada! E o que dizer dessa cidade que mal conheço e já considero pacas? (Sempre quis soltar essa frase ahhahahha). Com certeza voltarei lá porque o tempo foi muito curto e só deu pra sentir um gostinho. E que gostinho delicioso! A cidade é linda, o povo é lindo, a comida é boa…
Depois de explorarmos bastante o castelo, voltamos para Peste. A ideia era ir para o Szimpla Kert, mas quando chegamos lá, não tinha nenhum lugarzinho para sentar e os três velhinhos estavam bem cansados… Foursquare nos salvou novamente e fomos para uma cervejaria ali por perto (não lembro o nome) e foi lá que fiz a foto acima. Plaquinhas bem didáticas, não é mesmo? Para fechar a noite, fomos fazer um lanche e comemos um hot dog muito bom! Sou uma blogueira muito da fajuta e também não lembro o nome, sorry. Essa mesma loja tinha um quiosque lá no Sziget Marido me alertou que nao era a mesma loja, mas o dogão era igualmente bom, por isso resolvemos comer de novo. O diferencial desse hot dog era a cebola palha, uma espécie de prima da batata palha. Pense numa coisa deliciosa! Não sei como faz aquilo, mas sei que é MUITO bom. E assim terminou nosso dia em Budapeste e seguimos para Viena no dia seguinte. No próximo post conto como foram os nossos 3 dias por lá.
Fotos por: Alê Araújo e R. Dourado.
Donut Library, acho que eu moraria lá haha
Sobre festivais, sim! Eu continuo indo em alguns, mas ando cada vez mais seletivas. É muito problema, muita gente e eu me sinto uma velha ranzinza, principalmente com banheiros químicos, que tanto odeio!
Agora a pouco li o blog da Taís sobre o Halászbástya, e fiquei de cara! Parece ser muito maravilhoso. Mas como eu disse no blog dela, as pessoas que visitam a hungria quase sempre criticam muito, que foram furtados ou cobraram a mais deles por serem turistas, e isso sempre me deu um pouco de medo… mas lendo os posts de vocês, tô mudando essa percepção que eu tenho de lá!
Mellanye, o Donut Library é todo lilás, parece que você entrou num donut hehe. E eu só não moraria lá pq ia virar uma bola. Ufa, ainda bem que vc me entende em relação aos festivais. Eu não fui ao banheiro nenhuma vez. Tudo bem que eu só fiquei três shows lá, então deu pra aguentar. Também odeio banheiros químicos. Eu não percebi nada em relação a cobrarem mais por sermos turistas, mas ficamos bem pouco tempo lá. Acho que vale a pena você mudar sua percepção sim porque a cidade é muito delicinha. 🙂
Aiiiiiiiii Budapest! <3
Sou muito suspeita pra falar pq é uma das minhas cidades favoritas, voltei de lá não faz muito tempo mas tb já estou aqui me perguntando 'já pode voltar?' hahaha
é uma delicia de cidade mesmo, cidade linda, povo lindo, comida boa… e tudo muito barato comparado aos padrões europeus, né? E nem precisa agradecer da dica, fico feliz que tenha seguido esse conselho e ter amado a vista noturna.. é sem palavras né? Todas essas construções maravilhosas que já são lindas de dia, durante a noite com essa iluminação toda é de amar muito! haha
Tu precisa voltar sim e ver/provar mais coisas e claro, me levar junto <3 haha
Florence <3 Essa mulher é uma diva mesmo!
Cada post seu aumenta minha vontade de viajar. Não vejo a hora de poder. Enquanto isso me deleito com suas fotos e histórias 🙂
Sim, ainda tem essa vantagem de ser mais barato que outras cidades da Europa! A cidade é cheia de gente jovem, bonita e muito animada. E o atendimento foi impecável em todos os lugares que eu fui. Só não volto lá em agosto por conta do calor. Só a Giovanna mesmo pra segurar aquele forninho, Taís!
Florence foi uma das cerejas do bolo nessa viagem, Stephanie. Que bom que está curtindo as histórias! De onde saíram essas, tem mais hehe.
Que demais! Taís e você definitivamente me convenceram. Essas fotos noturnas estão espetaculares (essa última está lindíssima!). Esse ano já sei que não caberá no orçamento uma viagem pra Budapeste, mas quem sabe ano que vem, num feriadinho, né? Tem que ficar de olho nos preços das passagens e quando der uma abaixada, comprar!
Fiquei curiosa com o Museu do Terror. Conta mais?
ps: Tô louca pra saber o que você achou de Viena porque eu fui pra lá em 2013 e fiquei apaixonada, louca, morta de amor por lá!
Bárbara, fique de olho mesmo nas passagens que vale muito a pena. Desconfio que você vai gostar bastante da cidade. Sobre o Museu do Terror, muitas atrocidades aconteceram durante o período da União Soviética e especialmente nesse prédio onde funciona o museu. Não podia tirar fotos lá dentro, por isso não falei tanto. Mas basicamente os soviéticos foram tão escrotos quanto os nazistas. Se você for a Budapeste, visite esse museu porque você vai aprender muitas coisas. Já aviso que o post de Viena será meio polêmico…
DONUTSSSS! :3
Apaixonada pela primeira foto, está incrível demais. E ai, show da Flo. <3333 Não vejo a hora!
Budapeste é muito linda, Paula. Fica difícil fazer foto ruim lá. E o show da Florence é incrível, você vai ficar ainda mais fã. Valeu a pena esperar tanto tempo para vê-la ao vivo. Ela evoluiu muito e o show é impecável.
Alê, ri e não foi pouco com esse seu relato, hahahahahah começando pelos girassóis tristes (concordo). Depois pelo calor da Peste, depois com o lugar que mal conheço e já considero pacas (eu nem conheço e já considero pacas também, hahahahaha). Demais, demais! Essa vista noturna, e ainda pegar um show da Florence no meio de tudo isso, é muita perfeição! (Mesmo sendo em um festival, pois tb odeio, hahaha).
Hahhahahahha Que bom que te fiz rir, Kah! Tô sempre tentando, mas nem sempre funciona hehe Mas esse é meu jeitinho, nunca deixo de tentar. O show da Florence foi muito amor! <3 <3<3
Ah! Budapeste é fantástica. Visitei em outubro do ano passado, durante uma viagem pra Viena (que amei também) e me apaixonei. Muito bom ver suas fotos e relembrar da minha viagem 🙂
Budapeste é demais neh Ana! Voltarei lá com certeza.
Oi Alessandra, eu e meu marido vamos estávamos pensando em alugar um carro de Budapeste pra Kiev e, abril desse ano. Porém não estamos conseguindo uma agencia de aluguel de carros que permita esse percurso.
Gostaria de saber se vcs fizeram essa viagem de carro alugado e quanto tempo de viagem de lviv pra Budapeste. Apesar de ter sido em 2015, tenho a esperança que vc leia. rsrs
Obrigada
Cristiane
Oi Cristiane! Normalmente fica bem caro pegar o carro num país e devolver em outro e acho que algumas locadoras nem permitem isso. Nós fomos em carro próprio, então não tivemos esse problema. De Lviv para Budapeste leva cerca de 7 horas. Lembro que saímos de manhã e chegamos por volta das 15h. De Kiev para Lviv são 5 horas tanto de carro quanto de trem, então vale a pena dar uma pesquisada. Nós entramos na Hungria por Berehove, talvez tenha trem de Lviv para lá. Dica: se forem dirigir na Ucrânia, peguem SEMPRE as estradas principais que começam com a letra E. Não sigam as instruções do GPS se ele indicar outra opção porque é CILADA. As estradas da Ucrânia não são das melhores, então as principais são as menos piores. Espero que eu tenha ajudado e boa viagem! 😉
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