Show da Onuka no Ostrov Festival

Esse fim de semana aconteceu o Ostrov Festival, dedicado ao público que curte música eletrônica. O festival aconteceu na ilha Trukhaniv, localizada no rio Dnipro. Nessa ilha tem cafés e restaurantes, a praia, complexos esportivos e dá pra atravessar o rio Dnipro numa tirolesa. A melhor maneira de chegar lá é pela ponte para pedestres que foi construída em 1957. E lá fomos nós atravessar a ponte para assistir ao show da Onuka que estava previsto para começar às 19h de ontem. Domingo foi dia da constituição, um feriado local, e todos os feriados que caem no domingo, são transferidos para segunda-feira. Devo dizer que nem acho ruim quando isso acontece hehe.

 “Tá Alê, mas e o show?” O show foi ÓTEMO! Onuka ao vivo é tão legal quanto no disco. Produção impecável, som de alta qualidade, figurino, luz… Ficamos bem na frente do palco, então deu para fotografar bem direitinho para compartilhar aqui. Adorei ver todos os intrumentos que ela e a banda tocam e poder identificar cada barulhinho diferente que eu escuto nas músicas e não tinha ideia de que instrumento seria.

Na foto acima, o rapaz toca uma bandura, um instrumento que faz parte do folclore ucraniando. É uma mistura de cítara com alaúde e produz um som bem lindo, meio parecido com som de harpa.

“Onuka” significa neta e o projeto recebeu esse nome em homenagem ao avô da cantora Nata Zhyzhchenko, um fabricante e restaurador de instrumentos tradicionais. Outra curiosidade sobre a cantora: ela tem fascinação por Chernobyl porque o pai dela foi uma das pessoas que participou da limpeza feita na usina nuclear após o acidente, em 1986. Além disso, ela tem sua posição muito bem definida em relação ao conflito e se recusa a compor músicas em russo. Li essas informações em uma entrevista que ela deu para o jornal Kyiv Post.

 Repararam no figurino futurista? Tombou a Madonna pela capa e ainda sambou na cara da sociedade com essas munhequeiras da She-ra.

Quando o show acabou, atravessamos a ponte novamente e fomos presenteados com esse céu de algodão doce que me lembrou demais o pôr do sol de Brasília. Mereceu até uma panorâmica. Quem não leu o outro post que escrevi sobre ela e ficou curioso para conhecer as músicas, é só clicar aqui.